A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais (TJMG) reformou sentença de 1ª Instância que condenou a empresa Viagens Marsans
Internacional Ltda. a indenizar uma cliente por danos morais e materiais em
razão do cancelamento de uma viagem sem a restituição dos valores pagos. Os
desembargadores aumentaram o valor do dano moral de R$ 3 mil para R$ 6 mil.
M.F.M adquiriu, no dia 29 de janeiro de 2009, um
pacote turístico com destino à cidade de Santiago, no Chile. A viagem se
realizaria dos dias 10 a 14 de junho de 2009.
Quando faltavam 15 dias para sua saída do país, a
cliente recebeu uma ligação da agência dizendo que a viagem havia sido
cancelada e que ela receberia o reembolso do valor pago, totalizando R$
1.581,16, no prazo de quarenta e cinco dias a contar da data do cancelamento.
Decorrido o prazo estipulado, a empresa não
restituiu a quantia à consumidora. Após “inúmeros contatos sem solução”, a
cliente buscou a Justiça, solicitando indenização por danos morais e a
restituição dos valores pagos.
O juiz da 8ª Vara Cível de Juiz de Fora condenou a
Viagens Marsans Internacional a indenizar M. em R$ 3 mil pelo dano moral e a
devolver o montante pago pela viagem, R$ 1.581,16.
A cliente recorreu da decisão, por considerar que o
valor do dano moral arbitrado foi “incapaz de reparar os danos sofridos”. Ela
defendeu, além disso, que o cancelamento unilateral do contrato lhe dava
direito ao ressarcimento em dobro pelos danos materiais.
No TJMG, o desembargador Alberto Henrique, relator
do recurso, entendeu que o valor para compensar os danos morais sofridos pela
apelante deveriam ser majorados para R$ 6 mil. No entanto, ele rejeitou a
solicitação para a restituição em dobro, pois entendeu que a má-fé da empresa
não ficou comprovada.
Os desembargadores Luiz Carlos Gomes da Mata e
Francisco Kupidlowski concordaram com o relator.
Processo: 0234395-04.2010.8.13.0145
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais
Nenhum comentário:
Postar um comentário