A
4ª Vara Criminal de Brasília arquivou investigação contra o policial
militar João Dias Ferreira, delator de um esquema de desvio de dinheiro
com ONGs do DF, indiciado pela suspeita de ter agredido servidores do
governo distrital quando deixou R$ 159 mil no Palácio do Buriti, no ano
passado.
Ferreira
é pivô de uma crise que derrubou o então ministro Orlando Silva
(Esporte) e levou à quebra de sigilo dele e de seu antecessor, o atual
governador do DF, Agnelo Queiroz (PT). O Ministério do Esporte cobra do
policial a devolução de mais de R$ 3 milhões desviados.
Em
dezembro do ano passado, o policial foi à sede do governo Agnelo, o
Palácio do Buriti, e jogou R$ 159 mil na sala da Secretaria de Governo.
Na ocasião, ele chegou a ser preso sob a acusação de agredir uma
servidora e de xingar outra com cunho racista durante a confusão.
O
policial diz que foi ao governo devolver o dinheiro deixado como
cala-boca por pessoas ligadas ao secretário Paulo Tadeu, principal
aliado de Agnelo no governo, que diz que essa versão é uma armação.
O
arquivamento foi feito a pedido do Ministério Público do DF, para o
qual Ferreira não pode ser acusado por lesão corporal, como indiciou a
Polícia Civil. Ocorreram agressões recíprocas. A suposta vítima, mesmo
após a imobilização do indiciado, continuou deferindo ofensas e chegando
ao extremo de dar um tapa no rosto. O indiciado mais se defendeu das
provocações sofridas do que agrediu as supostas vítimas, escreveu o
promotor Henry Lima de Paiva.
Para
o promotor, Ferreira tampouco pode responder por injúria de cunho
racial, porque apenas reagiu às agressões das servidoras da secretaria.
Houve
uma discussão acalorada. No entanto, verifica-se que as supostas
vítimas iniciaram as ofensas. O indiciado, por sua vez, revidou as
agressões morais, mas as gravações não trazem a suposta racial alegada,
mas apenas a devolução de adjetivos.
Ferreira
ainda é investigado pela Polícia Militar do DF, porque um dos
envolvidos na suposta agressão é um colega de corporação. A Polícia
Civil ainda investiga a origem do dinheiro deixado na sede do governo.
Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul
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