“Ao assumir o Executivo em 2011, Siqueira Campos encontrou dívidas que somavam mais de R$ 378 milhões, deixadas pelos ex-governadores peemedebistas Marcelo Miranda e Carlos Henrique Gaguim”, informou em seu pronunciamento o líder do Governo, deputado Osires Damaso (DEM), na sessão desta terça-feira, dia 13. O parlamentar respondia a uma declaração de Marcelo Miranda de que a atual gestão só conseguiu empréstimos com instituições financeiras porque ele deixou o estado adimplente.
Para Damaso, a declaração é “motivo de piada” e uma
“afronta à realidade”. Ele disse que o atual Governo herdou dívidas de R$ 104,7
milhões com despesas de custeio, R$ 102 milhões com despesas com pessoal, e
esclarece que os encargos sociais e os pagamentos de empréstimos consignados
ficaram para a atual administração. “As gestões passadas não honraram os
empréstimos, o que dificultou a recuperação do crédito do Estado”, frisou.
Damaso informou ainda que, ao assumir, o governador
Siqueira Campos (PSDB) atuou para recuperar a credibilidade do Estado perante
as instituições financeiras. O resultado foi a captação de R$ 2,8 bilhões em
operações de crédito que ajudaram a viabilizar diversas obras e ações. “É
lamentável que pessoas tentem, a todo custo, e de forma irresponsável,
confundir os tocantinenses”, protestou.
Sobre a questão, a maioria dos deputados reconhece que o
Governo enfrenta dificuldades de gestão, e defende um amplo debate sobre
contratações, folha de pagamento, critérios claros para reajustes de salários,
lotação de servidores, prioridade de investimentos, controle de gastos e
transparência nos investimentos.
Para o deputado Stalin Bucar, o Parlamento deve rever
sua posição em relação ao Executivo. “A Casa tem como norma proteger quem está
no mandato e chancelar o erro. O governo que for criticado por sua base terá
mais facilidade para mudar os rumos”, concluiu. (Penaforte Dias)
Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins
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