O
réu Gerônimo Henrique Müller foi condenado pelo Tribunal do Júri em Cruz Alta a 14 anos de prisão em regime inicial
fechado, por duas tentativas de homicídio qualificado. O crime ocorreu em fevereiro
de 2008.
A Promotora
de Justiça Caroline Mottecy de Oliveira atuou na acusação. Antes mesmo do
julgamento, acontecido nesta quarta-feira, 2, já havia sido deferida a prisão
preventiva do réu, por ele estar ameaçando as vítimas e testemunhas a serem ouvidas
em plenário.
Segundo a denúncia do Ministério
Público, em 10 de fevereiro de 2008 Gerônimo Müller e um adolescente efetuaram
diversos disparos de arma de fogo contra Valmir Gonçalves de Lara e Laís Moani
Luza. O crime foi praticado por motivo torpe, em represália por Laís ter
registrado ocorrência em função de agressões contra ela praticadas pelo réu,
seu irmão e a namorada deste. As vítimas tentaram fugir, mas foram atingidas
por diversos tiros que atingiram as regiões cervical e lombar, entre outras
partes do corpo.
O Conselho de Sentença afastou a tese
defensiva de negativa de autoria, acolhendo a tese acusatória de que o réu agiu
com dolo. Diante da gravidade do fato, bem como da permanência do fundamento da
ordem pública, foi negado a ele o direito de recorrer em liberdade.
Paralelamente a isso, o MP
diligenciou para que se efetivasse a prisão do acusado, em razão do trânsito em
julgado, no Tribunal de Justiça do Estado, de decisão que manteve a sua
condenação em grau de apelação, por outro homicídio duplamente qualificado
praticado pelo réu. Este julgamento pelo Tribunal do Júri ocorreu em 13 de
março e também contou com a atuação em plenário da Promotora Caroline Mottecy
de Oliveira. O pedido foi acolhido pela Juíza-Presidente.
Fonte: Ministério Público do Rio
Grande do Sul
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