Pesquisa
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que recentemente avaliou a
opinião dos brasileiros e brasileiras sobre práticas de violência contra a
mulher será tema de audiência pública conjunta das Comissões de Assuntos
Sociais (CAS) e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Marcado
inicialmente para terça-feira (8), o debate deve ser realizada numa outra data,
de modo a harmonizar a agenda dos participantes, de acordo com informações da
comissão.
A audiência terá a presença de
organizações de direitos da mulher e da jornalista Nana Queiroz, de São Paulo,
que lançou pelas redes sociais o movimento “Não mereço ser estuprada”.
Os dados iniciais indicavam forte
apoio à violência sexual contra as mulheres que usam pouca roupa. A revelação
gerou reação ao machismo, especialmente nas redes sociais. O assunto voltou à
tona nesta sexta-feira (4), depois que o Ipea anunciou que os resultados
estavam errados. Segundo o Ipea, houve uma “troca em gráficos da pesquisa” e o
resultado correto seria: para 26% dos brasileiros “mulheres que usam roupas que
mostram o corpo merecem ser atacadas”. O diretor de Estudos e Políticas Sociais
do Instituto, Rafael Guerreiro Osório, pediu exoneração assim que o erro foi
detectado.
O requerimento da audiência foi
aprovado pelas comissões na última quarta-feira (2), tendo por base
requerimento das senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Ana Rita (PT-ES). Na
CAS, todas as senadoras subscreveram a proposta, que ainda indica entre os convidados
do debate um representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres, outro
do próprio Ipea e ainda da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Apesar da mudança dos números, a
audiência pública está mantida.
Fonte: Senado Federal
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