Parceria entre o Ministério Público de Santa Catarina, o Poder Judiciário
local e o governo catarinense tem possibilitado a instalação, em diferentes
comarcas, de Centrais de Penas e Medidas Alternativas (CPMAs). Por meio dessas
unidades, seis até o momento, as instituições realizam ações conjuntas para
fiscalizar a aplicação e o cumprimento desse tipo de pena, substitutiva à
prisão de condenados em processos criminais. A parceria também pretende
impulsionar a ampliação de vagas para a prestação de serviços comunitários, uma
forma de alternativa penal.
O acordo foi firmado em outubro de 2012 por meio do Protocolo Operativo
de Intenções n. 1/2012. Hoje, as seis CPMAs estão instaladas nos municípios de
Florianópolis, São José, Joinville, Blumenau, Criciúma e Itajaí. Até o fim
deste ano devem ser implantadas outras duas, em Lages e Chapecó.
“O objetivo é instalar, gradativamente, centrais em várias comarcas do
estado”, informou o promotor de Justiça José Carvalho Agostini, coordenador do
Centro de Apoio Operacional Criminal (CCR). Ele destacou que um dos resultados
desse trabalho é o baixo índice de reincidência criminal entre os condenados
submetidos a penas alternativas.
Pelo acordo, cabe ao Ministério Público de Santa Catarina fornecer
mobiliário e equipamentos necessários à operação das CPMAs. O Judiciário, por
sua vez, deve disponibilizar espaço físico para a instalação das centrais. Pela
parceria, a Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania está encarregada da
contratação de pessoal para atuar nas comarcas.
Conforme a legislação penal brasileira, a pena alternativa é dirigida ao
infrator de baixo potencial ofensivo, baseada no grau de culpabilidade, nos
antecedentes, na conduta social e na personalidade do condenado. Ela substitui
a pena de prisão sem rejeitar o caráter ilícito do ato cometido. É uma medida
punitiva de cunho educativo, que permite ao infrator o convívio em família e
com a sociedade, contribuindo para sua reinserção social.
A importância da aplicação das penas alternativas foi um dos temas
abordados durante o II Encontro Nacional do Encarceramento Feminino, que o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou de 21 a 22 de agosto, em
Brasília/DF, por meio de parceria com o Departamento Penitenciário Nacional
(Depen). Ao final do evento, uma das propostas aprovadas pelos participantes
estabelece que o CNJ estimule o debate, no âmbito do Poder Judiciário, sobre a
importância da aplicação das alternativas penais para a reinserção social e a
prevenção da reincidência criminal.
Fonte: Conselho Nacional de Justiça
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