Pela primeira vez,
crianças e adolescentes em situação de risco social terão direito a receber
atendimento psicoterapêutico em Mâncio Lima. Nesta semana, foi inaugurada na sede do
Conselho Tutelar uma sala exclusiva para o serviço, que será possível após a
assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo
Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC) e a prefeitura.
A solenidade foi realizada na sede do Conselho Tutelar
com a presença do promotor de Justiça Fernando Régis Cembranel. Também
participaram a juíza Adamárcia Machado, o prefeito em exercício Eriton Maia ,
além de conselheiros tutelares, representes do Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS), do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente,
secretários municipais e pessoas da comunidade.
A sala contará com um profissional de psicologia, que
durante toda a semana vai atender a crianças, adolescentes e os pais. Segundo o
promotor Fernando Cembranel, cujo nome consta na placa de inauguração como
fundador, o atendimento começa em 30 dias. “Trata-se de importante instrumento
para proteção de crianças e adolescentes, e abrangerá o atendimento de crianças
e adolescentes e seus pais”, disse o promotor.
Em setembro deste ano, a Promotoria Cumulativa de Mâncio
Lima e a prefeitura assinaram um TAC para a criação desse espaço. No documento,
o MP/AC se comprometeu a direcionar prestações pecuniárias de transações penais
ao projeto. Já o Município assumiu o compromisso de comprar com os recursos
dessas transações penais os utensílios e equipamentos necessários ao
funcionamento da sala, além de disponibilizar um profissional de psicologia,
que já foi contratado por meio de concurso regular.
Estudos mostram que crianças e adolescentes em situação
de risco social apresentam sérios problemas psicológicos, como baixa
autoestima, agressividade, intolerância aos contatos sociais, entre outros
fatores, que refletem principalmente no convívio com a família e no desempenho
escolar. A Constituição Federal diz que é dever da família, da sociedade e do
Estado colocar as crianças e adolescentes a salvo de toda forma de negligência.
Fonte: Ministério Público do Acre
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