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Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou na
última quarta-feira (30) o Projeto de Lei 7279/10, do Senado, que
regulamenta a profissão de diarista. A relatora, deputada Sandra Rosado
(PSB-RN), sugeriu a aprovação da proposta, com emendas. Conforme o texto
aprovado, diarista é o trabalhador que presta serviço no máximo uma vez
por semana para o mesmo contratante, em ambiente residencial, sem
vínculo empregatício. Ele deverá receber o pagamento pelos serviços
prestados no dia da diária.
O texto do Senado considera diarista o trabalhador que presta serviço até dois dias por semana para o mesmo contratante.
Como
a legislação não define quantos dias são necessários pra se criar
vínculo empregatício, atualmente cabe ao Judiciário decidir quem pode
ser considerado diarista (trabalhador autônomo, sem vínculo) ou
empregado doméstico (com vínculo). Há duas correntes de entendimento: a
primeira acredita que o vínculo empregatício do doméstico se configura
com a prestação de serviço de, pelo menos, duas vezes por semana,
enquanto a outra entende que só há vínculo empregatício a partir da
prestação de trabalho por três dias semanais.
Sandra
Rosado optou por modificar o número de dias, a partir de sugestões de
representantes dos trabalhadores. “Chegou-se a um consenso que mais de
um dia de trabalho para o mesmo contratante já deve ser considerado como
vínculo empregatício”, explicou.
Inscrição no INSS
A
relatora Rosado também retirou do texto a obrigação de o diarista
apresentar ao contratante comprovante de contribuição ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) como contribuinte autônomo ou
funcional. “A nenhum outro trabalhador autônomo são obrigatórias por lei
a inscrição e a contribuição à Previdência Social”, destacou. Segundo
ela, a proteção previdenciária é muito importante para qualquer
trabalhador, mas a adesão ao sistema público de seguro social deve se
dar de forma espontânea, “por um processo de conscientização, e não por
imposição da lei”.
De
acordo com a autora do projeto, a ex-senadora Serys Slhessarenko, a
proposta atende à reivindicação da campanha Legalize sua doméstica e
pague menos INSS, patrocinado por entidades de empregados domésticos. Já
é hora de resgatarmos a dignidade do trabalho doméstico no Brasil de
forma definitiva, afirmou.
Fonte: Câmara dos Deputados
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