Os valores pagos à Previdência Social com relação à remuneração do empregado doméstico poderão ser deduzidos da base de cálculo do Imposto de Renda do empregador. É o que prevê o PLS 42/2006, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá decisão terminativaDecisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis..
A proposta do senador
Raupp não determinava prazo para o fim do benefício. Já substitutivo
Substitutivo é quando o relator de determinada proposta introduz mudanças a
ponto de alterá-la integralmente, o Regimento Interno do Senado chama este novo
texto de substitutivo. Quando é aprovado, o substitutivo precisa passar por
turno suplementar, isto é, uma nova votação. do senador Acir Gurgacz (PDT-RO)
dispõe que os empregadores domésticos poderão deduzir do IR os valores pagos
como contribuição social, referentes a um salário mínimo, até o ano-calendário
de 2018,
a serem
declarados no exercício de 2019. Para isso, a proposta altera a lei que trata
do Imposto de Renda das pessoas físicas (Lei 9.250/95).
Acir Gurgacz, relator
da matéria, ressalta que a lei que atualizou os valores da tabela do Imposto de
Renda da Pessoa Física (Lei 12.469/2011) já passou a permitir a dedução, mas só
até 2015.
Entendemos que esse
benefício pode ser estendido por mais tempo, tendo em vista os importantes
resultados alcançados com essa medida no sentido da formalização do trabalho
dos empregados domésticos, observa o relator.
O senador Valdir
Raupp, ao apresentar a proposta, ressaltou a necessidade de estimular a
formalização dos contratos de trabalho domésticos, que segundo o senador,
atingem alto grau de marginalidade. De acordo com a Pesquisa Nacional por
Amostras de Domicílios (Pnad), informou Raupp, em 2004, 35% dos trabalhadores
urbanos não tinham a carteira de trabalho assinada. Esse percentual passa de
74% quando se considera apenas o trabalhador doméstico.
Esse inaceitável
desnível obriga o Estado brasileiro a adotar medidas urgentes que estimulem a
formalização das relações de trabalho doméstico, disse Valdir Raupp, ao
justificar o projeto de lei.
Fonte: Senado Federal
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