Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) afirmaram que a meta do governo é entregar cerca de 500 mil moradias do programa Minha Casa, Minha Vida em 2012.
O governo conta com o
programa para impulsionar os investimentos e garantir um crescimento econômico
acima de 4% neste ano, afirmou Mantega.
Para cumprir a meta,
entretanto, o governo precisa da parceria das construtoras. Em reunião em São Paulo ,
com 20 representantes das maiores construtoras do país, os ministros disseram não
a pleitos dos empresários.
Os empresários
pleiteavam o aumento do valor dos imóveis construídos para a faixa social, de
famílias com renda de até três salários mínimos. O teto atualmente é de R$ 65
mil, mas os empresários argumentam que o aumento do valor dos terrenos e
exigências feitas pelo governo fizeram o custo desses imóveis aumentar.
Não temos nem um ano
do valor de referência, disse Miriam Belchior. Em julho, o governo elevou os
valores dos imóveis. Do ponto de vista do governo ainda não é este o momento do
reajuste.
Do total de
habitações que o governo espera entregar neste ano, cerca de 200 mil são
imóveis dessa faixa.
Mantega também
afirmou que chegou ao limite benefícios tributários ao setor. Em dezembro, o
governo estendeu para até o fim de 2012 o desconto do IPI para materiais de
construção. Além disso, lembrou Mantega, foi ampliado o desconto de 1% do
regime especial de tributação para imóveis com valor até R$ 85 mil.
Estamos no limite da
redução tributária, afirmou.
Ainda assim, o
governo espera cumprir com folga a meta de encomendar mais 600 mil moradias
neste ano. Conta, com isso, com o financiamento dos bancos estatais. Caixa e
Banco do Brasil pretendem colocar no setor de habitação cerca de R$ 97 bilhões
neste ano. Esse valor inclui empréstimos habitacionais e também subsídios para
famílias mais pobres.
A ministra Miriam
Belchior indicou que o governo pretende agir para baixar os custos dos imóveis
com soluções que vão além da construção. Ela enumerou problemas como atrasos na
entrega do habite-se (registro das prefeituras) e de instalações de água e de
luz para a alta dos custos das construtoras.
São questões que
aumentam o prazo de execução dos empreendimentos e, portanto, aumentam os
custos, disse a ministra.
A meta do governo é
chegar ao fim de 2014 com 2 milhões de contratações de imóveis no programa
Minha Casa, Minha Vida.
Fonte: Jornal Folha
de São Paulo
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