O governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai
anunciar hoje a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, a
unificação de ao menos três fundações e a fusão de empresas públicas para
cortar despesas do Estado.
O
pacote resultará em uma economia de R$ 127 milhões este ano e de R$ 226 milhões
em 2014. O valor será suficiente para cobrir a perda de receita provocada pela
revogação do reajuste das passagens de metrô e trem estimada em R$ 210 milhões
por ano.
A
decisão de cortar gastos de manutenção da máquina administrativa foi tomada
para dar fim às críticas que vinha sofrendo -inclusive dentro de seu partido- por
ter dito que teria que cortar investimentos para dar conta da despesa extra
gerada pelo fim do aumento das tarifas.
O
governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), em evento de sua gestão no Palacio
dos Bandeirantes
As
funções da secretaria extinta serão incorporadas por outros órgãos do governo,
como a Casa Civil e a Secretaria de Planejamento. A pasta de Desenvolvimento
Metropolitano tinha orçamento de R$ 145 milhões previsto para este ano. Não há
confirmação sobre demissão de servidores.
O
governo também vai unificar as atividades de fundações como a Fundap (Fundação
do Desenvolvimento Administrativo), a Seade (Fundação Sistema Estadual de
Análise de Dados) e o Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração
Municipal), que prestam serviço de auditoria, consultoria, formação e pesquisa.
Confira
reivindicações que manifestantes conseguiram após onda de protestos
Na
noite de ontem o governador ainda estudava ampliar o número de fundações e
empresas que poderiam ser alvo dos cortes.
O tucano
também anunciará a venda de bens do governo, como veículos da frota oficial, a
redução do número de servidores comissionados e o corte de verbas para viagens
e diárias.
Para
cobrir o gasto provocado pela redução da tarifa, o Palácio dos Bandeirantes
cogitou inicialmente realocar recursos disponíveis que não seriam gastos em
2013, porque eram originalmente destinados a projetos que estão atrasados.
Depois decidiu ampliar a medida.
No
início dessa semana ele encomendou à Secretaria de Planejamento um estudo
detalhado de todas as áreas que pudessem ser alvo de cortes nas mais diversas
pastas.
Ontem,
secretários do chamado núcleo político do governador foram informados dos
cortes e de que o já lançado programa para conter gastos de luz, água e
telefone em todas as secretarias do Estado será ampliado.
Haverá
ainda um pente fino nas consultorias contratadas pelo governo. A ideia é que o
corpo de servidores assuma parte desse trabalho.
Fonte:
Jornal Folha de São Paulo
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