Em sessão do tribunal do Jurí que durou mais de trinta horas em dois dias, o réu André dos Santos Sá foi condenado pela morte do taxista Francion Ferreira de Sousa e tentativa de homicídio contra sete pessoas. O promotor de justiça Laércio Guilhermino de Abreu atuou pelo Ministério Público do Estado e a sessão foi presidida pelo juiz Gerson Marra Gomes.
O réu foi condenado a 27 anos, 1 mês e 18 dias de
reclusão em regime fechado, já descontado o tempo em que permaneceu preso. A
pena foi aplicada após a votação de mais de 50 quesitos pelos jurados,
relativos aos oito crimes praticados de forma continuada por “Andrezinho”.
Os jurados concluíram que a participação do réu na morte
do taxista foi de menor importância, uma vez que os disparos de arma de fogo
foram efetuados pelo réu foragido Lauro Pereira da Silva, o “Índio”, sendo essa
a tese sustentada pelos advogados de defesa Wlandre Leal e Kellestown Passos. O
crime ocorreu no bairro do Diamantino, em Santarém, no dia 03 de julho de 2010.
Um grupo de amigos estava numa festa na danceteria Ar Livre Vip, quando um
rapaz abordou uma das moças do grupo, gerando um início de discussão. Todos
foram retirados do local pelos seguranças, e a discussão continuou do lado de
fora.
O rapaz que iniciou o tumulto era mototaxista e
pertencia aos grupos conhecidos por Piseiro e Proibidos, que já haviam
participado de vários episódios de violência em bairros da periferia de
Santarém. O grupo de amigos pegou o táxi de Francion para sair do local. Apesar
de ameaçado pelos motoqueiros o taxista transportou sete pessoas de uma vez,
sentadas no colo uma das outras. Em uma moto, “Índio” e “Andrezinho”
perseguiram o taxi e ao alcançá-lo dispararam diversos tiros, matando o taxista
e ferindo os sete passageiros dentro do carro.
Fonte: Ministério Público do Pará
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