A Promotoria de Justiça de São Luís do Quitunde ajuizou nesta quarta-feira, 15, uma ação civil pública para garantir que o Município reforme a ponte que liga os povoados Quitunde I e Quitunde II. O Ministério Público Estadual (MPE) pede que a Justiça conceda medida liminar para que a Prefeitura Municipal promova os estudos necessários e apresente cronograma para restauração da estrutura física da travessia, em até 90 dias, com condições de segurança e trafegabilidade.
Caso o juiz titular da Comarca de São Luís do Quitunde
atenda o pedido do MPE, o Município terá o prazo de 15 dias para dar início às
obras de restauração da ponte, com substituição de todas as madeiras estragadas
e varões de ferro que estão estragados, enferrujados e quebrados. No mesmo
período, a Prefeitura de São Luís do Quitunde deverá realizar a limpeza do rio
para retirada do lixo e entulho que se acumula nas proximidades da ponte. Em
caso de descumprimento judicial, o prefeito do Município terá de pagar uma
multa diária de R$ 10 mil.
Ponte corre risco de desabamento
Após receber a denúncia da Associação dos Moradores e
Amigos do Povoado de Quitunde, o promotor de Justiça Jorge Bezerra visitou as
duas comunidades no dia 9 de maio, quando teve a oportunidade de também cruzar
a ponte. Na ocasião, o promotor constatou que a Prefeitura não realiza a
manutenção regular da travessia, de modo a colocar em risco a vida de populares
da região.
“A ponte está completamente avariada, com as cabeceiras
e as grades de proteção laterais danificadas, além de tábuas soltas, dispondo
buracos onde qualquer criança pode cair. A viga de ferro que sustenta a madeira
está enferrujada e ameaça se romper, enquanto as paredes de concreto necessitam
de reforço e pintura. Existe de fato a possibilidade da ponte desabar diante do
intenso trânsito de veículos no local”, disse Bezerra, que criticou ainda o
acúmulo de lixo e entulho embaixo da travessia.
De acordo com a Associação de Moradores, cerca de três
mil pessoas dependem da ponte, só do povoado Quitunde I. “Na comunidade,
existem escolas, entidades religiosas e vários comércios, logo estamos
preocupados com o período chuvoso que já se aproxima, uma vez que a ponte não
vai suportar o volume de água e de sujeira que se acumula no rio fazendo com
que ela desabe e deixe a população totalmente isolada sem acesso algum”, diz o
oficio da organização enviado à Promotoria de Justiça, junto com imagens da
travessia.
Fonte: Ministério Público do Alagoas
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