O deputado Paulo Pereira da Silva
(PDT-SP) disse há pouco que o governo não aceitou negociar mudanças na MP dos
Portos (595/12) com os líderes da base aliada. A ministra da Secretaria de
Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e o ministro da Secretaria Especial
dos Portos, Leônidas Cristino, estão reunidos agora com líderes governistas.
O governo veio para enquadrar o
Congresso. E eu, como não gosto de ser enquadrado, vou atrapalhar a votação da
MP dos Portos, disse Paulo Pereira, que saiu antes do término da reunião. Saí
agora porque perdi a paciência para negociar, emendou.
Segundo o deputado, o governo vai
vetar pontos do relatório aprovado pela comissão mista que analisou a MP, como
a renovação dos contratos assinados antes de 1993. Ele disse ainda que os
trabalhadores são prejudicados pelo texto, que não garante a contratação por meio
do órgão gestor de mão de obra (Ogmo) em todos os portos. O governo está se
voltando contra o texto da comissão e piorando o cenário, eles não cederam em
nada, disse.
Paulo Pereira defendeu a emenda
apresentada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que amplia o poder do Ogmo
nos terminais de uso privado. Ele afastou a polêmica em torno do texto que,
segundo ele, é apenas um instrumento de processo de votação, pois junta vários
destaques em um só. A emenda economiza tempo, mas, se o governo quer votar 27
vezes, vamos ficar aqui mais de três dias votando, disse.
Fonte: Câmara dos Deputados Federais
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