Na comparação com o mesmo mês de 2011, o nível ocupacional aumentou 3,3%, registra pesquisa da Fundação João Pinheiro
Em outubro de 2012,
a Pesquisa
de Emprego e Desemprego (PED-RMBH) registrou estabilidade na taxa de desemprego
total da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que permaneceu em 5,1% da
População Economicamente Ativa (PEA). No período, o número de ocupados
apresentou variação de 0,3% em relação ao mês anterior e foi estimado em 2,254
milhões de trabalhadores.
Realizada mensalmente pela Fundação João Pinheiro,
Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade, a
pesquisa observou aumento de 6 mil (0,3%) tanto no número de pessoas que fazem
parte do mercado de trabalho, quanto no contingente de ocupados, o que resultou
na estabilidade do número de desempregados em 121 mil pessoas.
“Fecharemos o ano com taxa média de desemprego de 5%,
número menor do que o apresentado em 2011. Se novembro e dezembro responderem
satisfatoriamente, manteremos nossas taxas baixas, mas, sem muitas variações. É
importante ressaltar que a região metropolitana de Belo Horizonte vem
apresentando taxas menores que as outras regiões do Brasil nestes últimos
anos”, observa o coordenador técnico da pesquisa pela Fundação João Pinheiro,
Plínio Campos.
Foram registrados acréscimos nos contingentes de
ocupados dos setores do comércio e reparação de veículos (17 mil, ou 4,2%) e,
em menor medida, da indústria de transformação (3 mil ou 1,0%). No setor de
serviços o número de ocupados permaneceu estável. Em movimento contrário, houve
redução no número de trabalhadores empregados na construção civil (7mil ou
-3,4%).
O tempo médio de procura por trabalho foi de 24 semanas,
uma a mais em relação ao mês anterior. “Este momento de procura representa
quase o tempo do seguro desemprego oferecido”, avalia Campos.
Comparação com o ano passado
Na comparação entre os meses de outubro de 2012 e de
2011, o nível ocupacional aumentou 3,3%: foram registrados acréscimos de postos
de trabalho no setor de comércio e reparação de veículos (29 mil, ou 7,3%),
construção (26 mil, ou 15,1%), indústria de transformação (3 mil, ou 1,0%) e
serviços (17 mil, ou 1,3%).
Neste mesmo período, houve acréscimo de 49 mil postos de
trabalho no setor privado (3,9%) e o contingente de trabalhadores autônomos
aumentou em 45 mil (13,0%) na RMBH. O setor público, por sua vez, perdeu 22 mil
(7,1%) ocupações.
No contingente de trabalhadores com registro em carteira
houve crescimento de 67 mil (6,0%) e, no número de assalariados sem carteira
assinada, redução de 18 mil (12,7%). Já o segmento de empregados domésticos
permaneceu estável e, nas “demais posições” houve decréscimo de 2 mil ocupações
(1,5%).
Rendimentos também cresceram
Em setembro de 2012, o rendimento real médio dos
ocupados teve um acréscimo de 3,5% em relação a agosto e foi estimado em R$
1.447. O salário real médio aumentou 3,4% e foi estimado em R$ 1.436.
O rendimento médio dos autônomos diminuiu 1,0%, sendo
estimado em R$ 1.356. No setor privado, houve aumento no salário médio dos
serviços (3,5%), no comércio e reparação de veículos (2,2%) e na indústria de
transformação (3,5%).
Comparando setembro de 2011
a setembro
de 2012, o rendimento real médio dos ocupados diminuiu 1,4% e passou de R$
1.468 para R$ 1.447, enquanto o salário real médio permaneceu relativamente
estável (de R$ 1.434 para R$ 1.436).
No setor privado foram registrados aumentos dos salários
médios no comércio e reparação de veículos (5,2%), na indústria de
transformação (6,3%) e, em menor proporção, no setor de serviços (0,9%).
Entre os assalariados com carteira assinada houve
acréscimo de 6,9% no rendimento médio e, entre os sem registro formal, houve
redução de 14,9%. Entre os autônomos, o rendimento médio diminuiu (2,4%) nos
últimos 12 meses.
Fonte: Governo do
Estado de Minas Gerais
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