quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Taxa de desemprego permanece estável na RMBH em outubro, a 5,1%


Na comparação com o mesmo mês de 2011, o nível ocupacional aumentou 3,3%, registra pesquisa da Fundação João Pinheiro


Em outubro de 2012, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH) registrou estabilidade na taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que permaneceu em 5,1% da População Economicamente Ativa (PEA). No período, o número de ocupados apresentou variação de 0,3% em relação ao mês anterior e foi estimado em 2,254 milhões de trabalhadores.

Realizada mensalmente pela Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade, a pesquisa observou aumento de 6 mil (0,3%) tanto no número de pessoas que fazem parte do mercado de trabalho, quanto no contingente de ocupados, o que resultou na estabilidade do número de desempregados em 121 mil pessoas.

“Fecharemos o ano com taxa média de desemprego de 5%, número menor do que o apresentado em 2011. Se novembro e dezembro responderem satisfatoriamente, manteremos nossas taxas baixas, mas, sem muitas variações. É importante ressaltar que a região metropolitana de Belo Horizonte vem apresentando taxas menores que as outras regiões do Brasil nestes últimos anos”, observa o coordenador técnico da pesquisa pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos.

Foram registrados acréscimos nos contingentes de ocupados dos setores do comércio e reparação de veículos (17 mil, ou 4,2%) e, em menor medida, da indústria de transformação (3 mil ou 1,0%). No setor de serviços o número de ocupados permaneceu estável. Em movimento contrário, houve redução no número de trabalhadores empregados na construção civil (7mil ou -3,4%).

O tempo médio de procura por trabalho foi de 24 semanas, uma a mais em relação ao mês anterior. “Este momento de procura representa quase o tempo do seguro desemprego oferecido”, avalia Campos.

Comparação com o ano passado

Na comparação entre os meses de outubro de 2012 e de 2011, o nível ocupacional aumentou 3,3%: foram registrados acréscimos de postos de trabalho no setor de comércio e reparação de veículos (29 mil, ou 7,3%), construção (26 mil, ou 15,1%), indústria de transformação (3 mil, ou 1,0%) e serviços (17 mil, ou 1,3%).

Neste mesmo período, houve acréscimo de 49 mil postos de trabalho no setor privado (3,9%) e o contingente de trabalhadores autônomos aumentou em 45 mil (13,0%) na RMBH. O setor público, por sua vez, perdeu 22 mil (7,1%) ocupações.

No contingente de trabalhadores com registro em carteira houve crescimento de 67 mil (6,0%) e, no número de assalariados sem carteira assinada, redução de 18 mil (12,7%). Já o segmento de empregados domésticos permaneceu estável e, nas “demais posições” houve decréscimo de 2 mil ocupações (1,5%).

Rendimentos também cresceram

Em setembro de 2012, o rendimento real médio dos ocupados teve um acréscimo de 3,5% em relação a agosto e foi estimado em R$ 1.447. O salário real médio aumentou 3,4% e foi estimado em R$ 1.436.

O rendimento médio dos autônomos diminuiu 1,0%, sendo estimado em R$ 1.356. No setor privado, houve aumento no salário médio dos serviços (3,5%), no comércio e reparação de veículos (2,2%) e na indústria de transformação (3,5%).

Comparando setembro de 2011 a setembro de 2012, o rendimento real médio dos ocupados diminuiu 1,4% e passou de R$ 1.468 para R$ 1.447, enquanto o salário real médio permaneceu relativamente estável (de R$ 1.434 para R$ 1.436).

No setor privado foram registrados aumentos dos salários médios no comércio e reparação de veículos (5,2%), na indústria de transformação (6,3%) e, em menor proporção, no setor de serviços (0,9%).

Entre os assalariados com carteira assinada houve acréscimo de 6,9% no rendimento médio e, entre os sem registro formal, houve redução de 14,9%. Entre os autônomos, o rendimento médio diminuiu (2,4%) nos últimos 12 meses.

Fonte: Governo do Estado de Minas Gerais

Nenhum comentário:

Postar um comentário