30 de outubro de 2012 às 6:00
Por Natalia Cesana (da Redação)
Senadores do Canadá aprovaram na última quinta-feira, 25 de outubro, o massacre de mais de 70 mil focas que vivem no Golfo de Saint Lawrence, costa leste do país. A justificativa é que a medida preservaria a pesca local de bacalhau e outros peixes de profundidade. As informações são da agência de notícias France Presse.
Os parlamentares aprovaram tal “remoção alvo” devido ao grande apetite das focas por este tipo de peixe, como forma de recuperar a pesca na região.
“Depois de ouvir mais de 40 testemunhas que representavam diversos pontos de vista sobre o tema, o comitê do Senado foi convencido de que a ação das focas está impedindo a recuperação da atividade”, afirmou o senador Fabian Manning, presidente do comitê responsável por discutir o assunto no Senado.
“Esta é a melhor ação com as circunstâncias que temos para permitir uma pesca saudável de bacalhau e a continuação das comunidades costeiras de Quebec”, continou Manning.
Os críticos à proposta dizem que em um ecossistema com multi espécies não é possível afirmar que a redução de focas trará um impacto positivo sobre a população de bacalhau.
A própria comissão reconhece que seriam necessários mais estudos para determinar a porcentagem ocupada pelo bacalhau na dieta de uma foca e quanto elas nadariam para conseguir o alimento.
Quem apoia o massacre ressalta que o mercado de carne de foca entrou em colapso depois que a União Europeia, em 2010, proibiu a importação de produtos deste tipo vindos do Canadá.
De acordo com dados do governo, a população total de focas no leste do Canadá aumentou de 13 mil animais em 1960 para algo entre 330 mil e 410 mil em 2010.
No sul do Golfo de Saint Lawrance, a população de focas atingiu a marca de 104 mil animais no mesmo período.
Grupos em defesa dos direitos animais afirmam que a medida não ajudará a recuperar a população de bacalhau. “Nós sabemos que o estado destes animais está grave e sabemos por que: devido à pesca e à má administração. Matar as focas não é a saída”, disse Sheryl Fink, representante do Fundo Internacional pelo Bem-estar Animal, à rede CTV News.
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