porÚltima modificação: 28/04/2020 15h11
Como parte das atividades do Dia Mundial da Propriedade Intelectual (26 de abril), empresas inovadoras e profissionais da área se reuniram no dia 27 de abril em um evento virtual (webinar) sobre tecnologias verdes. A iniciativa foi promovida pelo INPI, pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e pela Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI).
A mesa de abertura teve a presença do presidente do INPI, Cláudio Vilar Furtado; do diretor da OMPI no Brasil, José Graça Aranha; do presidente da ABPI, Luiz Edgard Montaury Pimenta; e da conselheira Regional de PI para o Mercosul, Guianas e Suriname do Escritório Americano de Patentes e Marcas (USPTO, na sigla em inglês), Maria Beatriz Dellore.
Furtado destacou em sua fala que o Brasil precisa investir em pesquisas de tecnologias que solucionem problemas da população mais pobre, como nas áreas de tratamento de resíduos sólidos e de esgoto, além da construção civil. Ele ressaltou ainda a criação do programa INPI Negócios, cujo objetivo é ampliar a proteção de PI pelas empresas.
Uso estratégico da PI
O Dia Mundial da PI este ano teve como tema "Inovar para um futuro verde". Por isso, foram convidadas duas empresas para contarem suas experiências sobre como a propriedade industrial se tornou um diferencial para seus negócios na área de sustentabilidade.
A Eco Panplas foi ganhadora do 2° Concurso Prosul de Invenções Patenteadas da América Latina em 2019 e detém uma Patente Verde para um sistema de reciclagem de embalagens plásticas contaminadas. Segundo o diretor executivo da empresa, Felipe Cardoso, a inovação desta tecnologia é reciclar embalagens de óleo lubrificante sem uso de água e sem gerar resíduos, o que ainda resulta em um processo 30% mais barato. O óleo reciclado, em vez de ser descartado, é vendido para a indústria de refino e o plástico, para fabricantes de embalagens.
Na visão de Cardoso, a patente atesta o caráter inovador da tecnologia desenvolvida e, sendo uma patente verde, confere a chancela de sustentabilidade. Também gera segurança para o investidor e ajuda a expandir a solução no mercado.
A segunda empresa a se apresentar foi a New Steel, que tem também uma Patente Verde para sua tecnologia de tratamento e beneficiamento de minério e rejeitos de ferro com grande economia de água e menos geração de resíduos. O rejeito seco que sobra do processo pode ser aproveitado nas indústrias de construção civil, cimento e vidro.
Thiago Coelho Mariano, da área de Gestão e Suporte ao Negócio da New Steel, afirmou que a invenção tem patente em 90% dos países produtores e consumidores de minério de ferro. Segundo ele, a empresa usa o banco de dados de patentes em sua estratégia de PI, visando a embasar o desenvolvimento de produtos e a formulação de pedidos. Hoje contando com um centro tecnológico, a intenção da empresa é patentear as novas tecnologias criadas, disse Mariano.
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