Para o ministro da Educação, Henrique
Paim, a expansão do ensino integral é um dos grandes destaques do Censo Escolar
da Educação Básica de 2013, divulgado na última terça-feira, 25. O Censo revela
que, desde 2010, o número de matrículas em educação integral no ensino
fundamental cresceu 139%, chegando a 3,1 milhões de estudantes. Só no último
ano, o crescimento foi 45,2%.
O evento de divulgação contou ainda
com a presença do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Chico Soares, e da secretária de Educação
Básica do Ministério da Educação, Yvelise Arcoverde.
O aumento de alunos no ensino
integral é atribuído à ampliação do Programa Mais Educação, criado pelo
Ministério da Educação para incentivar as secretarias estaduais e municipais de
educação, com a transferência de recursos federais, a oferecer a educação
integral.
“Estes números demonstram o esforço
que está sendo feito e que já temos resultados”, disse o ministro. “A meta de
ensino integral do Plano Nacional de Educação (PNE), de 25% dos alunos estarem
no ensino integral, é factível de ser alcançada se continuarmos com este
esforço”, complementou.
A meta do Mais Educação para 2013, de
45 mil unidades educacionais, foi superada e o total alcançado foi de 49 mil
escolas. Para 2014, está previsto o atendimento em 60 mil escolas. É
considerada educação integral a jornada escolar com sete ou mais horas de
duração diária.
O censo destaca ainda a evolução de
matrículas em creche, que teve crescimento de 72,8%, passando de 1.579.581 para
2.730.119 no período entre 2007 e 2013. Entre 2012 e 2013, o aumento das
matrículas em creche foi de 7,5%. A pré-escola apresentou evolução de 2,2% na
quantidade de matrículas entre as duas últimas edições do censo, chegando a
4.860.481 crianças matriculadas. “Temos uma contribuição muito importante
também dos municípios no aumento das matrículas do ensino infantil”, destacou
Paim.
Na educação profissional, o número de
matrículas foi de 1,4 milhão, sendo 749.675 na rede pública. A rede federal puxou
o crescimento de toda a rede pública, uma vez que o número de alunos nas
instituições federais cresceu 8,4%, entre 2012 e 2013, chegando a 228.417
matrículas. Em relação a 2007, o crescimento da rede federal de ensino foi de
108%, por exemplo. Número superior aos 78,5% registrados na rede privada, que
também apresenta expansão no ensino técnico e chegou a 691.376 matrículas, em
2013.
De acordo com o ministro Henrique
Paim, os dados do censo revelam o resultado das políticas públicas e programas
governamentais voltados à ampliação da oferta educacional. “A médio e longo
prazo, as políticas públicas voltadas para o processo educacional começam a
surtir efeito no censo”, afirmou o ministro.
“Os dados sinalizam uma mudança de
paradigma, com acesso mais cedo, por meio da expansão do ensino infantil, e
maior permanência diária na escola, por meio do ensino integral”, avaliou o
presidente do Inep, Chico Soares.
Melhora – No total geral da educação
básica, nas redes pública e privada, houve decréscimo de 1% nas matrículas, que
caíram de 50,5 milhões em 2012 para 50,04 milhões em 2013. A redução
maior, de 2,8%, ocorreu nos anos finais do ensino fundamental, nos quais havia
13,6 milhões de alunos no ano anterior e agora existem 13,3 milhões.
O presidente do Inep explicou que
isso se deve a uma acomodação do sistema de ensino ao tamanho da população e à
melhoria do fluxo escolar, com menores taxas de reprovação, por exemplo. “O
fluxo escolar está melhorando e o sistema se aperfeiçoando, é uma queda boa”,
ressaltou Soares.
Fonte: Ministério da Educação
Nenhum comentário:
Postar um comentário