O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a 27ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciaram ao Juízo da 43ª Vara Criminal da Capital sete pessoas envolvidas no desvio de três fuzis e munições de propriedade da Polícia Civil. Entre os denunciados estão um policial civil, um soldado do Corpo de Bombeiros, um agente e um inspetor penitenciário do Desipe (atual Secretaria de Administração Penitenciária), além de outros três homens. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, na última quarta-feira (30/11). Eles vão responder pelos crimes de peculato e compra e venda ilegais de arma de fogo de uso restrito.
De acordo com a denúncia, a subtração dos fuzis ocorreu na noite do dia 3 de abril de 2010, no posto da Polícia Técnica localizado na Estrada do Mendanha, no bairro de Campo Grande. O policial civil Jackson Bispo dos Santos Júnior, então lotado na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), desviou dois fuzis da marca Imbel, calibre 762x51 mm, com dois carregadores de 30 munições e um fuzil da marca Reising, calibre .45, com um carregador, pertencentes à Polícia Civil do Estado. O policial foi preso na segunda-feira (05/12) pelo Delegado da DHNSG, Alan Luxardo.
Ainda segundo a denúncia, o armamento foi colocado no porta-malas da viatura placa LNF-4303 da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, utilizada pelo policial civil Jackson, e por ele deixada no interior do Posto de Polícia Técnica de Campo Grande, distante de sua base original. Em seguida, o agente do Desipe William Silva da Silva, avisado via telefone por Jackson, foi ao local, acompanhado do soldado bombeiro militar Luiz Henrique Dias de Mello e de Wellington de Paula Santos Rodrigues, vulgo Anton ou Antoni, e subtraiu os fuzis da PCERJ, como previamente combinado com o policial civil.
A partir da análise de dados telefônicos obtidos com autorização da Justiça e por meio da confissão de um dos envolvidos, foi apurado que, entre os dias 6 e 9 de abril daquele ano, Jackson, William, Luiz Henrique e Wellington, juntamente com o inspetor penitenciário do Desipe Fábio Marques dos Santos (irmão de Jackson), venderam, sem autorização, os fuzis Imbel e seus carregadores ao denunciado José Damasceno Ferreira, no Morro do Adeus. Dias depois, os cinco últimos venderam o fuzil Reising e seu carregador para o último denunciado, Marcelo Oliveira dos Santos, na mesma localidade. Todos os fuzis foram vendidos, depois, para traficantes de entorpecentes que atuam no local.
Fonte: Ministério Público do Rio de Janeiro
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