Audiência pública da Comissão de
Esporte e Cultura Foto: Edson Junior Pio
Produtores culturais e artistas
participaram na tarde desta quinta-feira (28/06) de audiência pública da
Comissão de Cultura e Esporte da Assembleia, sobre a atualização da Lei do
Mecenato que integra a lei 13.811/200, que instituiu o Sistema Estadual de Cultura.
O deputado Professor Pinheiro (PT), que propôs o debate, destacou a importância
das mudanças na lei, que define a doação, patrocínio ou investimento, por
pessoas jurídicas, para programas e projetos culturais, deduzidos de impostos
estaduais.
Pinheiro ressaltou que o objetivo é
ouvir o setor cultural e o próprio Governo para buscar melhorias na lei e assim
aperfeiçoar o mecanismo de financiamento dos projetos culturais. Ele lembrou
que uma das reclamações dos artistas é sobre a questão do prazo para captação
de investimentos, que na lei estadual é limitado a 90 dias, enquanto a Lei
Rouanet (federal) prevê um ano.
A secretária interina de Cultura do
Estado, Maninha Morais, disse que há reclamações quanto aos prazos para
liberação dos investimentos e destacou a necessidade do debate com a classe
artística e a sociedade, para melhorar a Lei do Mecenato. “A lei existe para
atender a necessidade de quem produz arte e tem que ser facilitado o acesso ao
financiamento”, afirmou Maninha.
O presidente da Associação dos
Produtores Culturais do Ceará, Ivan Ferrari, disse que a questão do prazo é um
dos principais problemas, mas há outros entraves da legislação estadual. “É
preciso reduzir a burocratização do processo. A lei federal prevê negociação
direta entre produtor e patrocinador, mas aqui todos os processos têm que
passar pela Secretaria da Fazenda”, disse.
O consultor cultural Paulo Benevides
apresentou várias propostas para aperfeiçoamento da lei. Dentre elas, a
informatização do sistema, “para agilizar a tramitação dos projetos e permitir
o acompanhamento”, e mudanças na prestação de contas. “É preciso também
divulgar o mecanismo para financiar. Muitas empresas não contribuem porque
desconhecem a lei”, disse Benevides.
Também participaram da audiência o
presidente da Comissão, deputado Ferreira Aragão (PDT), o secretário de Cultura
de Senador Pompeu, Glauber Matos Sá; a coordenadora do Localizador Cultura,
Sandra Maciel; a presidente do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC),
Izabel Fernandes; a coordenadora de Sustentabilidade da Coelce, Deborah Pinho e
diversos produtores e artistas.
Fonte: Assembleia Legislativa do
Estado do Ceará
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