sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

MP Eleitoral requer cassação de Prefeito eleito


O Ministério Público Eleitoral de Taquari ajuizou ação de investigação eleitoral por abuso do poder político e de autoridade - cumulada com representação de captação ilícita de sufrágio e condutas vedadas aos agentes públicos em campanha - contra o atual Prefeito Municipal de Taquari, Ivo Laurtert; o Prefeito e o Vice eleitos, Emanuel Hassen de Jesus e André Barcellos Brito; e a Secretária Municipal da Saúde, Andréia Portz Nunes, eleita Vereadora.

De acordo com a Promotora Eleitoral Melissa Marchi Juchen, a ação busca a cassação dos registros ou dos diplomas dos candidatos eleitos, além da aplicação de multas e inelegibilidade por oito anos a todos os réus, em razão da prática de inúmeras condutas ilegais praticadas na campanha eleitoral de 2012.

Diante de diversas denúncias anônimas dando conta do uso da máquina administrativa da Secretaria Municipal da Saúde por Andréia Portz Nunes, licenciada para concorrer ao pleito, o Ministério Público Eleitoral requisitou à Delegacia de Polícia Regional de Lajeado a instauração de inquérito. “Em menos de 15 dias de interceptação telefônica autorizada judicialmente, ficou evidenciado o uso indevido e o abuso do poder político não apenas por parte da Secretária licenciada, mas também por parte da atual administração municipal, encabeçada pelo Prefeito Ivo Lautert, em benefício e com a colaboração dos candidatos à majoritária, Emanuel Hassen de Jesus e André Luís Barcellos Brito, bem como de inúmeros servidores públicos, empresários prestadores de serviços da Prefeitura Municipal de Taquari e particulares”, revela Melissa Juchen.

Para viabilizar a eleição dos candidatos, foram utilizadas estratégias variadas. Entre elas, o uso de bens e serviços da Secretaria Municipal da Saúde de Taquari para arregimentar votos e a utilização indevida das relações contratuais da Prefeitura Municipal com prestadores de serviços terceirizados. O MP Eleitoral apurou que houve negociação e extorsão de patrocínio econômico para a campanha eleitoral dos requeridos em troca de futuros “favores políticos”, inclusive com inversão da ordem cronológica de pagamento/exigibilidade dos empenhos do Poder Executivo Municipal de Taquari. “Também ficou comprovada a prática de captação ilícita de sufrágio e condutas vedadas, bem como um verdadeiro derramamento de gasolina, vale-combustível e dinheiro em espécie para compra de votos e apoio político no dia da eleição”, finaliza Melissa Juchen.

Fonte: Ministério Público do Rio Grande do Sul

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